A coisa mais
permanente quanto à morte é a lacuna que ela deixa. Ao perder alguém que fez
parte de nossa vida, o que nos resta é a “presença da ausência”. E essa
sensação é maior quando a partida é inesperada, sem motivo nem razão. Ficam as
fotos, as lembranças, o quarto vazio, e, mais ainda, ficam os nossos
sentimentos represados.
Não há outro assunto
sobre o qual se tenha escrito tanto e sobre o qual tão pouco se tenha dito. E o
processo pode se tornar ainda mais complicado quando a morte é, além de tudo,
uma decisão disparada por aquele que já se foi, enfim uma decisão pessoal sobre
o momento de encerrar tudo e descerrar a cortina da existência.
Ao longo de nossa
vida perdemos muitos amigos para a eternidade, hoje podemos contar o vazio que
isso deixa; e, infelizmente, alguns deles tiraram a própria vida; como se em um
determinando momento disse: chega, vou embora, chega para mim...
Assim, desse jeito,
simples, e, aqui ficamos procurando o sentido e as razões para tudo isso, com
aquela baita saudade, e, querendo compreender. Nossa como isso complicado...
Mas, a partida súbita
deixa em nós o vazio existencial que só iremos preencher quando entendermos o
grande amor e satisfação à existência de quem foi significou em nossas próprias
vidas. Nesse momento a inflexão, e, os nossos pensamentos tem de ser
recorrentes em direção ao grande significado da existência pessoal daquela
pessoa para nós, com isso conseguiremos prosseguir, e, acima de tudo
compreender as razões dela; pois, as pessoas que amamos não morrem jamais,
apenas viajam na nossa frente…
Assim, por estar
muito presente agora em nossa mente, a frase de um tocante poema (PONTO DE
PARTIDA) de CECILIA
MEIRELES, o deixamos para
reflexão:
“Dai-me Senhor, a perseverança
das ondas do mar, que fazem de cada recuo um ponto de partida para um novo
avanço.”
WIL COSTA E SILVA - LIVRE PENSADOR
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