segunda-feira, 9 de junho de 2025

“O INTELECTUAL PRUDENTE EQUILIBRA IDEALISMO E PRAGMATISMO; O IMPRUDENTE, SE ENTREGA A UTOPIAS SEM CONSIDERAR OS CUSTOS HUMANOS” – O ‘DOGMA BRANDO’.

 

DESAFIO INTELECTUAL NA POLÍTICA É ROMPER O DOGMATISMO E A INTOLERÂNCIA.

 

Nossos intelectuais estão apartados da política ou aderiram à intolerância ideológica; é preciso repensar seriamente o BRASIL na nova ordem mundial

 

 LUIZ CARLOS AZEDOarticulista do ‘ESTADO DE MINAS’.

 

Seja com a recidiva de DONALD TRUMP na Casa Branca, ou, a emergência da Nova Rota da Seda de XI JINPING, sem falar em VLADIMIR PUTIN, no Kremlin, e BENJAMIN NETANYAHU, em Jerusalém, autoritarismo hegemoniza a economia e a política mundial e a ‘DEMOCRACIA’ no BRASIL corre novos riscos.

Nossos intelectuais, porém, estão apartados da política ou aderiram à intolerância ideológica; pouco se faz para repensar seriamente o BRASIL na nova ordem mundial e oferecer um rumo às elites empresarial e política.

 

As certezas ideológicas carregam o perigo da intolerância, critica MARK LILLA. O papel do intelectual não é apenas criar e propagar ideias, mas também assumir a responsabilidade por seus impactos. “O intelectual prudente equilibra idealismo e pragmatismo; o imprudente, se entrega a utopias sem considerar os custos humanos”, compara.

 


No seu livro “A MENTE IMPRUDENTE” (Record), o sociólogo MARK LILLA, da COLUMBIA UNIVERSITY (EUA), tenta entender o papel dos intelectuais na política a partir da trajetória de alguns dos mais importantes pensadores do SÉCULO XX. Nele, critica o “teólogo político secular”, aqueles intelectuais que substituíram a fé religiosa por uma crença quase messiânica em projetos políticos radicais.

 

Em quase todos os momentos importantes da história do BRASIL, alguns intelectuais se destacaram pelo esforço de produzir uma síntese da realidade do país e inspiraram as suas respectivas gerações a levarem adiante um projeto de nação.

 

Não foi pouca coisa, num país no qual a primeira universidade foi criada apenas em 1920, a UNIVERSIDADE DO RIO DE JANEIRO (com a união da Escola Politécnica à Escola de Medicina e à Faculdade de Direito), pela necessidade de conceder o título de doutor ‘honoris causa ao rei ALBERTO I da BÉLGICA.

 

Fazem parte dessa constelação, entre outros, SÉRGIO BUARQUE DE HOLANDA (Raízes do Brasil –1936), com seu estudo sobre a formação do caráter nacional; GILBERTO FREYRE (Casa-Grande & Senzala –1933); CAIO PRADO JÚNIOR (Formação do Brasil Contemporâneo -1942); CELSO FURTADO (Formação Econômica do Brasil –1959); RAYMUNDO FAORO (Os Donos do Poder -1958); e NELSON WERNECK SODRÉ (História da Burguesia Brasileira – 1964).

 

Esses autores são revisitados quase como um dever de casa, seja como suporte para novas análises seja para a revisão de suas teses. Entretanto, hoje, são raros os exemplos de esforço de novas sínteses sobre o Brasil. Talvez o mais recente e importante seja “HISTÓRIA DA RIQUEZA NO BRASIL: CINCO SÉCULOS DE PESSOAS, COSTUMES E GOVERNOS (ESTAÇÃO BRASIL)”, de JORGE CALDEIRA, que repensa teses consagradas e reconstrói a interpretação de nossa economia colonial, do SEGUNDO IMPÉRIO, da REPÚBLICA VELHA e da ERA VARGAS.

 

A grande maioria dos ensaios e teses acadêmicas, que se multiplicam, fragmenta a compreensão da realidade brasileira, num momento em que o país carece de uma elite política, empresarial e intelectual coesa e capaz de liderar, em bases democráticas, um novo ciclo histórico de desenvolvimento. O fantasma da modernização autoritária está à nossa espreita, como no ESTADO NOVO e no REGIME MILITAR, num momento perigoso da política mundial.

 

Em 2016, em Paris, ‘LILLA’ revisitou sua própria obra e escreveu um posfácio no qual contextualiza o atual ambiente intelectual. Segundo ele, com o fim da ‘GUERRA FRIA’, o radicalismo foi substituído por uma espécie de DOGMA BRANDO”, com princípios liberais básicos como o caráter sagrado do indivíduo, a prioridade da liberdade e a desconfiança em relação à autoridade pública”.

 

Isso é politicamente democrático, mas carece de consciência das fraquezas da democracia e da maneira como pode causar hostilidade e ressentimento.

 

O “DOGMA BRANDO” se tornou um caldo de cultura para a tirania. Não leva em consideração as instituições nem a relação entre o individual e o coletivo, o chamado bem comum. Sua simplicidade é antipolítica e o anti-intelectual, o que explica o fato de conquistar muitos seguidores: fundamentalistas do “ESTADO MÍNIMO” e anarquistas de esquerda, libertários absolutistas e evangelistas neoliberais, todos politicamente radicais.

 

Suas diferenças são insignificantes, têm em comum o preconceito em relação ao outro. O “DOGMA BRANDO” inspira ignorância e falta de empatia. E o autoengano em relação a isso tira os intelectuais do caminho.


https://www.em.com.br/colunistas/luiz-carlos-azedo/2025/06/7167641-desafio-intelectual-na-politica-e-romper-o-dogmatismo-e-a-intolerancia.html

 

 

sexta-feira, 26 de abril de 2024

 

O COMÉRCIO – A SEGMENTAÇÃO – OS LIMITES DE QUEM DISPONIBILIZA VENDAS...

 

O diretor de relações institucionais do IDEC, Igor Britto, afirma que é necessário fazer uma campanha para reforçar às empresas que elas não devem distinguir seus clientes.

 

"Quem decide abrir uma empresa não decide quem será seu cliente. Quem escolhe a empresa é a pessoa consumidora e não o contrário. Isso não é uma estratégia de marketing, é uma regra prevista em lei", diz.

 

BRITTO explica que, se a empresa tem produto em estoque, ela não pode recusar vendê-lo a nenhuma pessoa que faça oferta para comprá-lo. E cita o caso do casal Wagner e Henrique.

 

"Não importam as convicções, posições, ideologias ou visões de mundo do empresário: todas as pessoas possuem o direito de ser atendidas em suas demandas de consumo quando a empresa possui capacidade para atendê-las. A homofobia é crime no Brasil e também uma violação gravíssima às normas consumeristas", diz.

 

Segundo o PROCON, o artigo 39, inciso 2 do CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR prevê que o comerciante não pode escolher para quem vende seus produtos.

 

Ele explica que a empresa precisa ser penalizada e que inclusive o PROCON pode aplicar desde uma multa até interditar o estabelecimento, caso haja reincidência.

 

https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2024/04/nao-fazemos-convites-homossexuais-o-que-diz-a-lei-sobre-negar-venda-por-orientacao-sexual.shtml

 

NOÇÃO NACIONAL OU DESARRAZOADO CULTURAL.

 

Colunista da “FOLHA DE SÃO”, além de escritor, salientando suas excelentes biografias de celebridades de nosso mundo artístico e político, RUY CASTRO, questionou a quantidade de Faculdades de Direito e outros desarrozoados em nosso país. Exagerados em nossa exuberância consumista, por outro lado não somos tão expansivos em nossa ampliação cultural. Mesmo que venhamos discordar dele não podemos deixar de refletir sobre suas palavras:

 

“Em entrevista ao jornal ‘O ESTADO DE S. PAULO’, o jurista MIGUEL REALE JR. disse que o BRASIL tem 1.240 faculdades de direito —"mais do que a soma de todos os cursos de direito do mundo". De queixo caído, fiz meus cálculos. Se cada uma dessas faculdades formar 50 advogados por ano, teremos 62.200 novos advogados anualmente no mercado. Some-os aos já existentes e, por mais que os nossos cidadãos se agridam, estuprem e matem alegremente uns aos outros, e não falte a quem acusar ou defender, a maioria dos advogados deve ter muito tempo livre.”


“Segundo o IBGE, o BRASIL tem 5.570 municípios, muitos dos quais só existem como municípios para sustentar um prefeito e os vereadores. Pois nada impede que alguns desses municípios tenham uma faculdade de direito. Quantos de seus advogados aprenderão latim para dizer "causa mortis", "mutatis mutandis" e, quem sabe, "quosque tandem, Catilina, abutere patientia nostra?".”

 


“O BRASIL deve ser também o país com mais farmácias do mundo —média de três ou quatro por quarteirão nas grandes cidades—, embora isso não nos torne um país saudável. Da mesma forma, nenhum país tem mais bancos, supermercados, shoppings, McDonalds e lojas de colchões. Nenhum consome mais alimentos ultraprocessados, porcarias pré-prontas, refrigerantes diet, biscoitos industrializados e batata frita.”

“Nenhum país faz mais cirurgias plásticas, bariátricas e íntimas. Nenhum nos supera em toneladas de peitos e bundas inflados. E em nenhum se faz tanta dieta —a quantidade de quilos perdidos anualmente pela população bate na casa dos bilhões. Mas, nesse caso, nada se perde porque, em pouco tempo, eles voltam, um por um. Nenhuma criança passa mais horas por dia olhando para o celular do que as nossas.”

“Em compensação, poucos países têm menos bibliotecas, livrarias, teatros, salas de concerto, museus, galerias e escolas de dança do que o Brasil. Viva o Brasil.”


https://www1.folha.uol.com.br/colunas/ruycastro/2024/04/viva-o-brasil.shtml

 

quinta-feira, 4 de abril de 2024

 

COM MAIS DE DUAS DÉCADAS EM VIGOR O ATUAL "CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO" SOFRERÁ MODIFICAÇÕES PARA SUA ATUALIZAÇÃO AO NOSSO MOMENTO CONTEMPORÃNEO

 

A COMISSÃO DE REFORMA DO CÓDIGO CIVIL do SENADO FEDERAL, responsável pela revisão e atualização do “CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO”, aprovou na 2ª feira (01/94/2024) a mudança de 600 artigos na legislação. A votação foi unânime.

 

A COMISSÃO seguirá com os debates e deliberações até a próxima 6ª feira (05/04/2024), para avaliar outros 500 artigos, que têm emendas e destaques. Também foram aprovados, por unanimidade, os livros do Código que dispõe sobre DIREITO DIGITAL e sobre RESPONSABILIDADE CIVIL. Ao todo, a revisão vai alterar 1.100 artigos do CÓDIGO CIVIL, o que representa metade de todo o conteúdo da legislação. Quando a comissão deliberar sobre todos os projetos, o texto será enviado para análise do Presidente do Senado, RODRIGO PACHECO (PSD-MG). “O que foi combinado com o Pacheco é que nós daremos um parecer técnico”.

 


Durante a avaliação, o Presidente da Comissão LUIS FELIPE SALOMÃO propôs a aprovação dos 600 artigos. “Então, o que eu proponho agora? Com relação a esses cerca de 600 dispositivos que não tiveram destaques ou emendas, eu proponho que fiquem aprovados, se não houver nenhuma divergência entre os senhores”.

 

A comissão seguirá com os debates e deliberações até a próxima 6ª feira (05/04/2024), para avaliar outros 500 artigos, que têm emendas e destaques. Também foram aprovados, por unanimidade, os livros do Código que dispõe sobre DIREITO DIGITAL e sobre RESPONSABILIDADE CIVIL. Ao todo, a revisão vai alterar 1.100 artigos do CÓDIGO CIVIL, o que representa metade de todo o conteúdo da legislação. Quando a comissão deliberar sobre todos os projetos, o texto será enviado para análise do Presidente do Senado, RODRIGO PACHECO (PSD-MG).

 

Ao todo, a revisão vai alterar 1.100 artigos do CÓDIGO CIVIL, o que representa metade de todo o conteúdo da legislação. Quando a comissão deliberar sobre todos os projetos, o texto será enviado para análise do Presidente do Senado, RODRIGO PACHECO (PSD-MG). “O que foi combinado com o PACHECO é que nós daremos um parecer técnico. Depois, a matéria vai ser alterada conforme o LEGISLATIVO julgar melhor”, afirmou LUIS FELIPE SALOMÃO, que também é Ministro do STJ (Supremo Tribunal de Justiça).

 

https://www.poder360.com.br/justica/comissao-do-senado-aprova-mudanca-de-600-artigos-no-codigo-civil/

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