CERCA DE 90% DAS
PESSOAS QUE MORREM DE SUICÍDIO POSSUÍAM TRANSTORNOS MENTAIS. ELAS PODERIAM SER TRATADAS E
ACOMPANHADAS!?
Mais
de um milhão
de pessoas cometem SUICÍDIO
a cada ano, tornando-se esta a décima causa de morte no
mundo.
Trata-se de uma das principais causas de morte entre ADOLESCENTES
e ADULTOS
com
menos de 35 anos de idade. Entretanto, há uma estimativa de 10
a 20
milhões
de tentativas de suicídios não-fatais a cada ano em todo o mundo.[
Desde
sua estreia na última sexta-feira, 31/03/2017,
"13
REASONS WHY" (ou
"OS
13 PORQUÊS”, em
português) vem sendo um dos assuntos mais comentados pelos
maratoneiros de plantão.
A
trama, adaptada do best-seller homônimo de JAY ASHER,
publicado em 2007,
é sucesso da literatura “YOUNG ADULTS” e
trata de assuntos em alta como “CYBERBULLYING”
e “DEPRESSÃO”. A história é sobre HANNAH
BAKER, uma adolescente que, antes
de cometer suicídio, envia fitas a pessoas que supostamente tem a ver com sua
morte
- como o título sugere, são 13 gravações relatadas ao longo de
13 episódios.
O
comportamento
suicida está associado com a impossibilidade
do indivíduo de identificar alternativas viáveis para a solução de seus
conflitos, optando pela morte como resposta de fuga da situação estressante.
Umas
séries de fatores estão associadas com o RISCO DE
SUICÍDIO,
isso incluindo DOENÇA MENTAL,
DROGADIÇÃO,
bem como FATORES SOCIOECONÔMICOS.
Embora as circunstâncias externas, tais como um evento traumático, possam
desencadear o suicídio, não parece ser uma causa independente. Assim, os suicídios
são mais prováveis de ocorrer durante os períodos de CRISE
SOCIECONÔMICA, CRISES FAMILIARES OU UMA CRISE INDIVIDUAL.
MITOS
EM RELAÇÃO AO SUICÍDIO
Se
eu perguntar sobre suicídio, poderei induzir uma pessoa a isso?
Questionar sobre ideias de suicídio, fazendo-o
de modo sensato e franco, fortalece o vínculo com uma pessoa, que se sente
acolhida e respeitada por alguém que se interessa pela extensão de seu
sofrimento.
Ele
está ameaçando o suicídio apenas para manipular...
Muitas pessoas que se matam dão previamente
sinais verbais ou não verbais de sua intenção para amigos, familiares ou
médicos. Ainda que em alguns casos possa haver um componente
manipulativo, não se pode deixar de considerar a existência do risco de
suicídio.
Quem
quer se matar, se mata mesmo?
Essa ideia pode conduzir ao imobilismo. Ao
contrário dessa ideia, as pessoas que pensam em suicídio frequentemente estão
ambivalentes entre viver ou morrer. Quando falamos em
prevenção, não se trata de evitar todos os suicídios, mas sim os que podem ser
evitados.
Veja
se da próxima vez você se mata mesmo!
O comportamento suicida exerce um impacto
emocional sobre nós, desencadeia sentimentos de franca hostilidade e rejeição. Isso nos impede de tomar a tentativa de
suicídio como um marco a partir do qual podem se mobilizar forças para uma
mudança de vida.
Uma
vez suicida, sempre suicida!?
A elevação do risco de suicídio costuma ser
passageira e relacionada a algumas condições de vida. Embora a ideação suicida possa
retornar em outros momentos, ela não é permanente. Pessoas que já
tentaram o suicídio podem viver, e bem, uma longa vida.
Preto
no branco.
Somente
15%
dos gravemente deprimidos vão se suicidar, mas a depressão
severa continua sendo a maior causa do suicídio. Por isso, é preciso ficar
atento quando a pessoa demonstra zero interesse na vida ou nos outros. “Para o deprimido, o mundo deixa de ser
colorido, é preto e branco. Ele tem baixa autoestima, desinteresse por todos e
fica muito voltado para ele mesmo”, explica o psiquiatra
ALOYSIO
AUGUSTO D’ABREU. Quando em depressão severa, a pessoa
se isola dos outros e não vê motivos para continuar viva. É
um alerta de urgência.
O
que você pode fazer?
Segundo
o psiquiatra da REDE BRASILEIRA DE PREVENÇÃO DO
SUICÍDIO, CARLOS FELIPE
ALMEIDA D’OLIVEIRA, o ideal é conversar com a pessoa e
não deixá-la sozinha. Ao conversar, procure não falar muito e
ouvir mais, já que muitas vezes a pessoa só precisa ser ouvida.
“Se possível, acompanhe-a a um profissional de saúde e peça orientação”, diz.
Outra medida é retirar acesso de ferramentas potencialmente destrutivas dentro
de casa - como arma, remédios e substâncias tóxicas - para evitar o uso delas
em um impulso.
SINAIS DE ALERTA -
PENSAMENTOS SUICIDAS:
- falar sobre querer morrer
- procurar formas de se matar
- falar sobre estar sem esperança ou
sobre não ter propósito
- falar sobre estar se sentindo preso ou
sob dor insuportável
- falar sobre ser um peso para os outros
- aumento no uso de do álcool e drogas
- agir de modo ansioso, agitado ou
irresponsável.
- dormir muito ou pouco
- se sentir isolado
- demonstrar raiva ou falar sobre
vingança
- ter alterações de humor extremas
- quanto mais sinais, maior pode ser o
risco da pessoa
O QUE FAZER:
- não deixar a pessoa sozinha
- tirar de perto armas de fogo, álcool,
drogas ou objetos cortantes
- ligar para canais de ajuda
- levar a pessoa para uma assistência
especializada
ALGUNS PONTOS DE
ALERTA PARA DEPRESSÃO EM ADOLESCENTES:
- Mudanças marcantes na personalidade ou
nos hábitos
- Piora do desempenho na escola, no trabalho
e em outras atividades rotineiras.
- Afastamento da família e de amigos
- Perda de interesse em atividades de
que gostava
- Descuido com a aparência
- Perda ou ganho inusitado de peso
- Comentários autodepreciativos
persistentes
- Pessimismo em relação ao futuro,
desesperança.
- Disforia marcante (combinação de
tristeza, irritabilidade e acessos de raiva)
- Comentários sobre morte, sobre pessoas
falecidas e interesse por essa temática.
- Doação de pertences que valorizava
TELEFONES E
SITES DE AJUDA:
CENTRO DE
VALORIZAÇÃO DA VIDA (CVV): 141
Mesmo cuidado tem o CVV, que atua desde 1962 na prevenção do
suicídio com a ajuda de 2 (dois) mil voluntários em 18 ESTADOS e no DISTRITO FEDERAL. Quem deseja
procurar ajuda, pode solicitar atendimento pelo telefone 141 (24 horas), pessoalmente (nos 72 postos de atendimento), ou, também é
possível entrar em contato e receber apoio
emocional do CVV via INTERNET (www.cvv.org.br), a partir de “E-MAIL”, CHAT e VoIP (Skype)
24 horas por dia.
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