A
PESSOA IDOSA DEVERIA SABER SE ELA É PORTADORA DA DOENÇA DE ALZHEIMER?
Controverso, não existe uma resposta
única para essa pergunta. Porém, o médico deve ser honesto, quando questionado
pelo próprio paciente sobre seu estado de saúde.
Normalmente, quando me fazem essa
pergunta, uso a seguinte tática: "O
QUE O SENHOR PENSA SOBRE ISSO? QUAL É A SUA OPINIÃO?"
Depois, fica mais fácil responder.
Toda pessoa idosa que apresenta boa
autonomia sobre sua vida tem o direito de saber sobre sua doença e sobre o prognóstico
que ela encerra. É um direito dele! Não importa se você ou a família queira
protegê-lo de tal infortúnio. VOCÊ
GOSTARIA DE SABER QUE DOENÇA TEM?
É pedir a um filho que aceite que
aquela mãe ou pai nunca mais vai saber que
ele é seu filho, nem
o nome com que escolheu batizá-lo, nem nada do que viveu com ele,
e que consiga aceitar ser apenas uma pessoa que reconhecem, que sentem que é
familiar e que lhes traz bem-estar quando a veem chegar. Em troca, não podem esperar mais nada. E, mesmo isso, a capacidade
de os reconhecer como alguém significativo, irá, mais tarde ou mais cedo,
desaparecer.
Assim,
fica mais fácil pensar nas diretivas, nas decisões que terão que ser tomadas
quando a pessoa idosa falecer ou quando não estiver mais em condições de
escolher, de ter autonomia sobre a sua própria vida:
>>Quero um enterro normal ou quero ser cremado? É
minha vontade doar meus órgãos, se puder?
>>A quem,
segundo a minha vontade, deixarei meu patrimônio? Quem eu escolheria para ser
meu curador e tomar frente sobre meus assuntos financeiros e legais, quando
sozinho não puder mais decidir?
>>Gostaria
que tentassem todos os tratamentos possíveis para combater minha doença, a
custo de pesados efeitos colaterais?
>>Quero
evitar tratamentos fúteis, que só prolongariam o meu sofrimento e a minha vida?
>>Nos
momentos derradeiros, sem qualquer expectativa de melhora, é minha vontade ser
levado para unidade de tratamento intensivo (UTI), longe de meus familiares?
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