Lendo
a matéria postada através do “link” abaixo,
colocamo-nos a refletir sobre o nosso BRASIL real, e, tão distante dos
Gabinetes e dos locais donde “DECISÕES” são tomadas em nome da população mais
carente. Esses chamados “HOMENS
PÚBLICOS”
(governantes
eleitos – Prefeitos, Governadores, e, Presidente -; além da maioria nossos
representantes legislativos – Vereadores, Deputados Estaduais e Federais,
Senadores -; somados aos servidores de carreira em alto escalão: Superintendes;
Coordenadores; Delegados, Promotores de Justiça, Magistrados; etc., etc., etc.), sempre estão a
efetuar em seus “LABORATÓRIOS
DE PLACEBOS”
(planejamentos
irreais que mais desperdiçam ou desviam recursos), através de conceitos e formulas que nunca funcionarão;
pois, além de não se aterem à realidade sofrida dos marginalizados, nunca
possuem a sensibilidade suficientes de “auscultar” àqueles que há
muito trabalham e estão próximos a essas comunidades carentes.
Por
outro lado, para podermos continuar, queremos advertir, e, deixar bem claro que
aqui não há IDEOLOGIA
POLÍTICA,
antes de sermos taxados de “COMUNISTA”, isso por sermos considerado de “ESQUERDA”, e, embora
apenas um ser humano envolvido com a grande “QUESTÃO SOCIAL” em nosso pais; e, ainda mais,
porque como virou “MODISMO” de muitos “IMBECIS” nos dias atuais
no BRASIL taxar pessoas.
Além do que, considerando também que até a presente data em nossas “ATITUDES” e “FALAS” nunca
defendemos nenhum REGIME
AUTOCRÁTICO,
nem mesmo sob a alcunha ou pseudônimo do chamado “SOCIAL”, e, até mesmo
de um “NACIONALISMO” ou da “ECONOMIA DE MERCADO” exacerbados.
Assim,
entendemos como grande verdade é que em se ter preocupação com o “SOCIAL”, não só é uma
atitude correta, bem como, também, deveria ser para àqueles que se consideram
ou professam por alguma RELIGIÃO, imbuídos de um “ESPIRITO
CARITATIVO”,
pois, sabermos que se quisermos poderemos mudar os jaezes de nossos semelhantes
que não conseguem sair de suas condições miseráveis. Trata-se muito mais de um
grande APELO ou CHAMADO para as
possibilidades de que somos portadores de meios, donde, podemos ou poderemos
alterar as condições da dignidade de vida dos seres humanos em nosso planeta.
FILANTROPIA.
Isso,
além do mais, é também uma questão de RESPONSABILIDADE e COMPROMISSO com as
melhorias de condições de vida, coisa que muito pouco se envolve as chamadas ELITES ECONÔMICAS, ou seja, os
mais aquinhoados economicamente, pois, pouco participam ou contribuem para
melhorar a situação dos marginalizados no BRASIL. Obviamente, há
exceções, pequenas, porém, não podemos negar que eles existem; mas,
infelizmente não é a regra geral.
A “FILANTROPIA” não é uma
pratica regular das nossas “ELITES ECONÔMICAS”, o lugar comum dos nossos
empresários são ações comuns e isoladíssimas de doações particulares que possam
coloca-los em “EVIDÊNCIA
MIDIÁTICA”;
e, ou, quando através de suas empresas, a promoção de algo que possibilita algum
“DESCONTO
TRIBUTÁRIO”
dessas chamadas “DOAÇÕES”
efetivadas
pelas nossas pessoas jurídicas. Afora isso não há quase nenhuma atividade
promocional humana seja no campo “EDUCACIONAL”, “CULTURAL”, e, até mesmo
de “ORGANIZAÇÃO
SOCIAL”
no BRASIL.
Ao
contrário do que ocorre em muitos países do chamado primeiro mundo, em
particular nos EEUU, ou, algum
outro do CONTINENTE
EUROPEU,
donde, temos por parte das ELITES ECONÔMICAS uma gama de envolvimento maior
com a chamada “QUESTÃO
SOCIAL”,
muito atuante através de FUNDAÇÕES, para as quais destinam polpudas
verbas, e, essas por sua vez, aliadas às chamadas ONGS (ORGANIZAÇÕES
NÃO GOVERNAMENTAIS),
por estarem atuando no campo social há mais tempo e com envolvimento mais
direto, grandes projetos nascem para a solução mais imediata, a CURTO PRAZO, como a da alimentação, da habitação, e, a MÉDIO e a LONGO PRAZO, na questão educacional,
de saúde, e, até mesmo ecológica, com a preservação e ocupação de espaços
naturais, respeitando a fauna e a flora.
Nos
ESTADOS
UNIDOS,
por exemplo, as grandes UNIVERSIDADES AMERICANAS, quando não
foram criadas por legados de milionários, sobrevivem e possuem um cipoal de
cientistas, muitos abrilhantados com PREMIO NOBEL em várias áreas
do conhecimento, graças a polpudas doações, que lhes permitem inclusive manter
programas de bolsas de estudos.
Sabemos
que por não ter uma “CULTURA
FILANTRÓPICA”,
as ELITES
ECONÔMICAS
no BRASIL só acumulam, e,
àqueles que ascendem a elas, isso quando não usam os caminhos tortos da corrupção
e desvios econômicos, ali chegam e estacionam sem olhar para a base da “PIRÂMIDE
SOCIAL”
de onde vieram. Infelizmente, temos muito mais atitudes nobres e filantrópicas
entre as nossas camadas mais baixas (classe média e os próprios
pobres),
do que com os nossos milionários.
O ANTEPARO JURÍDICO NACIONAL.
Por
outro lado, nossa LEGISLAÇÃO
NACIONAL
para
se criar uma “FUNDAÇÃO” que possibilite
que algum iluminado com grandes recursos possa efetuar doações para
desenvolvimento de alguma atividade social é tão absurda e extremamente
burocrática. A sua regulamentação funcional, praticamente, deixa aos cuidados
de agentes do ESTADO (servidores em
carreira funcional), para tomar conta de tudo e impor critérios, sem dar
crédito a uma DIRETORIA e a um CONSELHO CIVIL, donde,
realmente, esses é que deveriam ter o controle e a fiscalização das ações na
melhor aplicação de recursos, e, acompanhamento de sua funcionalidade.
Aliás,
a mentalidade excessivamente BUROCRÁTICA e INTERVENCIONISTA é um grande
defeito de nossa cultura: SOCIAL, POLÍTICA, e, JURÍDICA. Claro que
temos de ter “PROTOCOLOS” (regulamentação), em todos os
setores da nossa atividade humana, e, também, para o chamado funcionamento do ESTADO. Só não
justifica e sermos “mais
realista do que o rei”, e, procurarmos dificultar tudo, engessando as
ações com tantas exigências desnecessárias, que talvez fosse melhor nem criar
normas para as coisas funcionar.
Ao
longo de uma vida dedicada ao exercício do DIREITO, para ser mais
preciso a ADVOCACIA, confessamos
que há tantos absurdos em nossas leis, e, quando esses não existem formas descritas
na legislação, há tantas atitudes estupidas por parte de nossas “AUTORIDADES”
(em todos os escalões),
que muitas vezes nos sentimos como se o nosso corpo FÍSICO e o SOCIAL estivesse todo “ENGESSADO” sem dar azo
algum para podermos agir, já que tem todos que lidam com as decisões não tem ou
possuem nada em termos de “FEELING” (sensibilidade) para agir com o
“BOM
SENSO”
(atitude
muito importante em todos os momentos e situações), através de ATOS
DEONTOLÓGICOS
(ÉTICOS) que deveriam
permear suas ações.
O
despreparo funcional e estatal é imenso, e, nem adianta a grande maioria dos
servidores em suas repartições, ou, de agente em serviço, protegidos por uma
falsa ideia de que não podem ser questionados ou criticados, afixarem nos seus
locais de trabalho o “famoso” texto de um
artigo de nosso CÓDIGO
PENAL
no sentido de que “agredir” ou “maltratar” funcionário é
crime. Nossa que coisa mais estupida, e, atender mal ao cidadão, não querer
ajudá-los encontrar caminhos quando se acha perdido ou sem saída para seus
problemas, o que seria então?!
Ao
longo de nossa vida profissional, quando, temporariamente, ocupamos
cargos públicos, fosse por “NOMEAÇÃO” ou “CONTRATAÇÃO”, fizemos
verdadeira “GUERRA
SANTA”
quanto a péssima qualidade do atendimento funcional ao cidadão,
àquele que paga impostos, e, por conseguinte os salários dos servidores.
Nossa,
já perdemos a quantidade de “RECOMENDAÇÕES” e “MEMORANDOS INTERNOS” que fazíamos
advertindo de que nossa passagem pelos cargos é temporária, e, até mesmo aos
servidores concursados, já que ninguém é eterno é um dia vai se desprender de
suas funções.
Porém,
a mentalidade de um modo geral ainda é muito tacanha, e, muitas vezes, em várias
salas ou locais, enquanto estávamos inseridos na atividade pública, tomávamos a
iniciativa de tirar e rasgar esses “malfadados
avisos”
das paredes da repartição.
Sempre
ao chegarmos em qualquer órgão público e depararmos com “AVISOS” dessa espécie
já ficamos em guarda, e, de certa forma bastante “estereotipado” de que ali não
haverá uma dedicação e nem um atendimento adequado às nossas necessidades. Muitos
usam isso para acobertar a própria preguiça e desídia funcional em atender bem
e ajudar no encontro de repostas ou soluções.
Portanto
essa cultura oficial de que estou no comando e tudo posso tem de mudar para: estou servindo, e, devo procurar e
encontrar a melhor maneira de ajudar ou mitigar as preocupações daqueles que
necessitam do serviço público.
APOLOGIA AO CRIME???!!!
O
grande fracasso dos programas oficiais de ASSISTÊNCIA SOCIAL aos chamados hipossuficientes, os “pobres” no sentido
popular é que atacam só uma parte do problema de um corpo infeccionado por uma
septicemia.
Por
exemplo, as chamadas UNIDADES
DE POLÍCIA PACIFICADORA (UPPs) há quase 10 anos, em novembro de 2008, quando
iniciaram na cidade do RIO
DE JANEIRO,
era o “elixir” vendido pelos
governantes de então como a solução para os locais mais violentos ou dominados
pela criminalidade.
O
programa, que — em tese — consiste em ocupar determinando território dominado
por facções criminosas, estabelecer um policiamento comunitário, que seja
próximo ao cidadão, e abrir caminho para serviços públicos do ESTADO teve no MORRO DE SANTA
MARTA,
naquela cidade, sua principal vitrine, onde tudo começou.
Porém,
levaram o POLICIAMENTO para a
comunidades, e, “ESQUECERAM” dos acréscimos,
ou seja, os ditos “SERVIÇOS
PÚBLICOS”
(saneamento,
limpeza pública, saúde, educação, etc.); ou seja, levaram a vigilância para
deixar mais subjugada uma população que já vivia sob a mira de bandidos, e, não
completaram as demais AÇÕES
DE GOVERNO
que se faziam imediatamente necessárias.
Ora,
numa situação dessa, entre serem maltratados por uma POLÍCIA quase sempre
despreparada e violenta (infelizmente
é grande verdade em vários setores da nossa segurança pública), e, receber a
proteção de facções que respeitam os moradores, e, que muitas vezes concedem
benesses que deveriam vir das ações governamentais, as populações dessas
comunidades são muito mais tolerantes com essas últimas, embora sempre sob o “DOMÍNIO DO
MEDO”
em relação a ambas.
Enfim,
hoje, após a instalação de 38 (trinta e oito) UPPs, o modelo que
representou nos últimos anos a esperança de um RIO DE JANEIRO mais seguro se
mostra esgotado, após colecionar uma série de fracassos e escândalos nesses
últimos anos.
E
mesmo que houvesse muito dinheiro para investir, de nada adiantaria se continua
distorcidamente com uma POLÍCIA MILITAR que vê o morador de favela como
inimigo. As comunidades da cidade do RIO DE JANEIRO não precisam de
mais e mais policiais, necessita, no entanto, de saúde, educação, lazer e
cultura, e não mais morte e violência.
Nem
mesmo ter colocado no ano passado o ESTADO DO RIO DE JANEIRO, sob “intervenção federal”, com a ocupação
de vias públicas e dessas comunidades por membros das força armadas, não
adiantou nada, pois, vamos dizer assim: “pegada” de nossos
soldados são para outra atividade de eminente ataque externo em potencial, e,
nunca para lidar com situações tão localizadas, como é a criminalidade atípica
de cada zona urbana nas várias cidades brasileiras, onde o índice de violência
está ligada ao tráfico e às facções criminosos, coisa que vai além do
tolerável, e, ou, administrável.
O
maior exemplo do que estamos falando, na mesma cidade do RIO DE
JANEIRO,
foi o recente fuzilamento, por com comboio do Exército de um músico com sua
família dentro de um carro que foi confundido com o de bandidos, sem as
cautelas que um policial mais experiente, e, que sabe como lidar com a
criminalidade, por norte e experiência profissional refletira melhor acerca de
sua ação.
Infelizmente,
as FACÇÕES
CRIMINOSAS
estão no permeio social, ou seja, entre nós, e, se passando por gente de bem.
Nos presídios do país isso é gritante, e, nem mesmo todos àquele aparato que
vemos nos locais que sentenciados cumprem sua pena, impede as coisas horríveis
que ocorram em seu interior.
Recentemente,
um conhecido nosso, recém-saído de uma penitenciaria de nossa
região, donde cumpriu uma longa pena, nos narrou aliviado ter sobrevivido ao
cumprimento da sentença a que foi condenado, enquanto, lá dentro, sob o domínio
de duas FACÇÕES
CRIMINOSAS
fazia o impossível para sobreviver, na tentativa de resgatar sua vida ao deixar
àquele lugar. Suas “estórias” do que
precisava fazer e submeter para sobreviver eram realmente terríveis, e, não só
ele, como qualquer ser humano com instinto de sobrevivência não tinha outra
escolha.
Imaginamos
que uma prisão é o local donde os que infracionam a sociedade deve pagar pelos
seus crimes, porém, quando o APARATO ESTATAL não consegue sequer dar vigilância e
recuperação aos seus apenadas, chegamos à conclusão que a nossa sociedade está
extremamente podre, e medidas corretas e assépticas devem ser tomadas, sem
afoitismo, e, ou, ainda, como muitos que chegam ao PODER PÚBLICO com ideias
malucas pensando que estão reinventando a “RODA”, e, a melhor forma de usar o “FOGO”, que foram os
grandes meios que permitiu ao homem deixar as cavernas e caminhar em direção
àquilo que deveríamos chamar de “PROCESSO CIVILIZATÓRIO”.
CONCLUSÃO.
As
ausências de “POLÍTICAS
SOCIAIS”
enfraquecem demais o qualquer projeto ligado a SEGURANÇA PÚBLICA, já que, exacerbar
ideias sem qualquer conteúdo social, não tem nenhuma receptividade por parte
daqueles que queremos direcionar nossos esforços.
O
grande erro dos POLÍTICOS que assumem os
cargos é achar que suas ideias são sempre as respostas ou propostas ideais,
isso sem qualquer contato com as comunidades, sem ligar às suas necessidades,
e, ou, ainda, conviver e conhecer seus problemas para elaboração de programas
que efetivamente funcione.
Raramente
a unanimidade do fracasso de um PROGRAMA SOCIAL é tão grande a
ponto de chegar à boca do PODER EXECUTIVO que por ele é responsável, já que os
ocupantes de cargos que deveriam direcionar essas ações são extremamente “DESPREPARADOS” e “INSENSÍVEIS”
às
demandas sociais de cada comunidade, ou, setor para qual deveria estar
direcionado e bem aplicados os recursos
públicos.
Com
a presença única e exclusiva desse braço do ESTADO, que é O “BRAÇO
POLICIAL”,
as implicações são as conhecidas: este poder, substituindo o
anterior, vai se converter em uma espécie de síntese do LEGISLATIVO, do EXECUTIVO e do JUDICIÁRIO, que só pode
ser, muito mais do que tutelar, tirânico.
Por
isso estamos constantemente exigindo e fazendo um monitoramento mais rígido dos
desvios de conduta em relação aos PROGRAMAS SOCIAIS, pois, achamos
que essa é uma bandeira e luta das quais não se pode desistir. É necessário
bater nessa tecla até que isso aconteça.
WIL COSTA E SILVA
ADVOGADO –
EDUCADOR – LIVRE PENSADOR
https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/bbc/2019/04/18/okaida-paraiba-faccao-criminosa.htm
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