domingo, 22 de julho de 2018

OS MORADORES DE RUA, UMA QUESTÃO SOCIAL!?

No curso de cada mês por imperiosidade profissional sempre estamos em BELO HORIZONTE, donde, ao curso de cada semana, por um ou mais dias, estamos cumprindo tarefas junto ao JUDICIÁRIO; e, por opção nossos deslocamentos pelo chamado grande centro de nossa capital, o fazemos a pé, sem uso de transporte público ou particular. Isso não só para uma caminhada saudável, bem como para interagir com a cidade, já que a característica essencial de nossa metrópole mor é a sua população, seja a nível profissional e social.

O que realmente nos deixa estarrecidos é que nos últimos meses a população dos chamados “HOMELESS” ou “DISPOSSESSED” aumentou de forma desproporcional, constituindo verdadeiras favelas individuais ou coletivas, as quais, por sua vez tem tomado conta dos espaços públicos de BH. Os chamados “MORADORES DE RUA” são frutos de uma questão social antes de ser questão de ordem criminal, ou, de segurança publica.

A coisa esta tão gritante que a ordem para intensificar o trabalho de acolhimento e abordagem aos moradores de rua, como não poderia deixar de ser, partiu do Prefeito, ALEXANDRE KALIL (PHS), segundo a Secretária de POLÍTICA URBANA, Maria Caldas.

As ações são compartilhadas entre as secretarias de POLÍTICA URBANA, de ASSISTÊNCIA SOCIAL, SEGURANÇA ALIMENTAR E CIDADANIA, de SEGURANÇA e de SAÚDE.

Em uma das vertentes, a aposta da PREFEITURA DE BH é investir R$5 milhões para aumentar nove vezes a quantidade de equipes cuja atribuição é abordar os moradores de rua e convencê-los a retirar o material inservível e evitar que as casas improvisadas tomem as ruas da cidade.
Hoje, uma equipe composta de um psicólogo, dois fiscais de posturas, dois auxiliares e dois funcionários da SUPERINTENDÊNCIA DE LIMPEZA URBANA (SLU) faz esse trabalho, focado na região do HIPERCENTRO e LAGOINHA.

A Secretária de POLÍTICA URBANA, MARIA CALDAS disse que o trabalho teria resolvido a demanda em cerca de 80% no HIPERCENTRO, mas isso pode ter motivado a saída desses moradores para outras regiões da cidade. Porém, quem caminha pelo centro de BH não consegue confirmar que as ruas estão nesse percentual de desocupação pelos moradores de rua. Há um desencontro do que informam, e, o que real que podemos observar pelas ruas de nossa capital.



Dos cerca dos 4,5 mil moradores de rua presentes na cidade, com base em um cadastro único da PREFEITURA MUNICIPAL, aproximadamente a metade sofre de algum tipo de sofrimento mental ou é viciada em álcool e outras drogas, segundo o Secretário de Saúde, JACKSON MACHADO PINTO. Como sói acontece esse número provavelmente será bem maior, já que as ações públicas realmente nunca atingem a todos, e, nem mesmo sequer podemos dizer que esse “CADASTRO MUNICIPAL” seja confiável.

Ora, a população em situação de rua que exige uma abordagem diferenciada, pois, não é “AÇÃO POLICIAL”, é um “ATENDIMENTO SOCIAL”; e, até mesmo muitos deles carecem de atendimento médico, o qual, tem de acontecer sob uma forma humanizada, de maneira que todas as pessoas sejam tratadas com dignidade.

Acima de tudo entendemos que qualquer “INTERVENÇÃO OFICIAL” tem de focar no objetivo de incentivar essas pessoas a usarem todos os serviços públicos disponíveis, já que muitas sofrem de diversos problemas de ordem econômica, e, até mesmo de saúde física e psicossomática.

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