sexta-feira, 25 de março de 2016

NAS DIREÇÕES CERTAS


 
“Por uma vez em dois anos, o acaso foi dúbio com a LAVA JATO e seus condutores. Apesar do atraso desnecessário e, pior, injustificável, a operação chega às bordas da arena onde se desenrola a grande corrupção: os negócios da construção pesada com a administração pública. Mas chegou na mesma ocasião em que o Ministro TEORI ZAVASCKI e o Procurador-geral da República RODRIGO JANOT emitem, –por coincidência ou não– dois documentos importantes: o primeiro faz duros reparos a exorbitâncias do juiz SERGIO MORO; o outro um chamado enérgico aos seus procuradores para respeitar a CONSTITUIÇÃO e a DEMOCRACIA, sem pretensões messiânicas e exibicionismos vaidosos”.

 


“O Ministro ZAVASCKI recuperou a parte do SISTEMA JURÍDICO duplamente violentada por GILMAR MENDES, que não se deu por impedido em uma causa sobre a qual já fizera furiosa definição pessoal, além de ser causa de outro ministro. Não custa lembrar, a propósito, um motivo a mais para o impedimento burlado: a advogada impetrante de tal causa é professora em um curso de que Gilmar Mendes é coproprietário. Zavascki chamou de volta ao SUPREMO as investigações sobre LULA, para que haja decisão legítima do tribunal a respeito. Pelas decisões de Moro consideradas "descabidas" por Zavascki, com firmes argumentos, a presunção é de que Sergio Moro também estará impedido de continuar com o caso de LULA.

 


“Não é, e nem é provável, que a maior evasão de dinheiro ilícito das empreiteiras tenha se destinado a políticos. A construção pesada cumpre contratos de bilhões. Hidrelétricas, estradas, metrôs, pontes, portos, aeroportos, estádios, quanto vale pagar pela manipulação de licitações dessa dimensão? E, depois, pelos aumentos, no decorrer das obras, de custos de um lado e lucros do outro. Mas não se trata, como se pensa aqui, de especialidade brasileira. No mundo todo, a indústria de construção pesada, seduzida pelos altos valores, vale-se de expedientes incorretos. E os seus talvez nem sejam os valores mais altos a atraírem tais expedientes, que dominam também a indústria bélica mundial”.

JANIO DE FREITAS, jornalista do Conselho Editorial do jornal “FOLHA DE SÃO PAULO”

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