“O
Ministro
ZAVASCKI
recuperou a parte do SISTEMA JURÍDICO
duplamente violentada por GILMAR MENDES,
que não se deu por impedido em uma causa sobre a qual já fizera furiosa
definição pessoal, além de ser causa de outro ministro. Não custa lembrar, a
propósito, um motivo a mais para o impedimento burlado: a advogada impetrante
de tal causa é professora em um curso de que Gilmar Mendes
é
coproprietário. Zavascki
chamou de volta ao SUPREMO
as investigações sobre LULA,
para que haja decisão legítima do tribunal a respeito. Pelas decisões de Moro
consideradas "descabidas" por Zavascki,
com firmes argumentos, a presunção é de que Sergio Moro
também estará impedido de continuar com o caso de LULA”.
“Não
é, e nem é provável, que a maior evasão de dinheiro ilícito das empreiteiras
tenha se destinado a políticos. A construção pesada cumpre contratos de
bilhões. Hidrelétricas, estradas, metrôs, pontes, portos, aeroportos, estádios,
quanto vale pagar pela manipulação de licitações dessa dimensão? E, depois,
pelos aumentos, no decorrer das obras, de custos de um lado e lucros do outro.
Mas não se trata, como se pensa aqui, de especialidade brasileira. No mundo todo, a indústria de construção
pesada, seduzida pelos altos valores, vale-se de expedientes incorretos.
E os seus talvez nem sejam os valores mais altos a atraírem tais expedientes,
que dominam também a indústria bélica mundial”.
JANIO
DE FREITAS, jornalista
do Conselho Editorial do jornal “FOLHA
DE SÃO PAULO”
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