sábado, 22 de março de 2008

SONHOS E ATITUDES


A minha vontade seria ter o poder de lembrar-me de todos os sonhos que tenho. Poder sonhar e desperto poder ter na mente todos os registros dessas viagens e sensações telúricas, as quais constituem os sonhos. Os pesadelos, quando os temos, demonstram o tumulto de nossa alma, e, a falta de tranqüilidade nossa vida. Mas, se por um momento, despertava de meus sonhos, voltando a dormir, de repente tudo se transformava em pesadelos, onde a minha vida tal qual um barco pequeno em rio caudaloso, não me permitia o mínimo controle e nem a direção de nada.


Acordava e sabia que havia sonhado, no entanto, não conseguia ter nenhuma lembrança; mas, ao voltar dormir novamente, pela pulsação rápida, pela transpiração que inundava minhas vestimentas, pude assustado ver que tinha tido um opressor pesadelo. O pesadelo de estar só, em plena queda de grande altura, na total insegurança de que nenhuma mão iria segurar-me, e, nada tinha a proteger-me. No momento da queda passava pela minha mente além do terror da queda, e, por uma razão que desconhecia todos os grandes sofrimentos e aborrecimentos de minha vida.



Por quanto tempo represara todo aquele sofrimento! Por que nunca tinha dado acesso e contatado a e com ninguém para expor o que vinha causando danos à minha vida. Porque não reagi diante das ignomínias da existência a que fui provado, e, aceitei de forma passiva, e, ou, fui tolerante com tantas ofensas, tantas agressões injustas. Minha alma extenuada torturava meu subconsciente cobrando-me essa falta de ação. Ele por sua vez fazia-me sofrer em meus sonhos, ou melhor, punindo-me com os pesadelos exaltados e cheios de perigos sobre os quais nenhum controle tinha.


Só então percebi que estava com a alma angustiada e o corpo suado, gritava por saída sem que ninguém pudesse ouvir-me. O terror, o medo de tudo, levou-me numa noite ansiosa e quase já sem respiração acordar desesperado procurando por ar, por uma janela aberta, e, atirando-me à única existente, abri-a desesperado; e, então, só me dei conta de estar no último andar de um prédio de 18 andares, quando minha queda foi interrompida por um protetor antigo ali fora estrategicamente colocado. Pelo menos, nesse momento, o destino não conspirava contra mim.


Inerte, molhado de suor, caído ao chão do quarto onde dormia, rompi em soluços convulsivos, os quais, aos poucos permitiu-me acalmar, e, num “feedback”, mais lento, procurava trazer à memória aquelas tristezas vistas muito rapidamente durante a queda do pesadelo.


Atitudes, sim, atitudes, precisavam ser tomadas daqui para frente, pensava resolutamente, enquanto a água do chuveiro cobria o meu corpo em um banho reparador depois de tanto desespero. Essas atitudes, as quais, estamos tomando ao longo dos últimos meses, vem vindo para compensar nossos momentos de fraquezas e falta de reação às injustas investidas contra a harmonia de uma existência: a minha própria vida.


Após todo esse desespero, passando a buscar sempre por um perfeito estado de harmonia entre corpo, mente e espírito, novas atitudes foram tomadas. Passamos uma mudança de comportamento, mais fortemente na dimensão autotranscendência, assumindo uma orientação valorativa, passamos a apresentar atitudes, crenças e compromissos em favor de nossa respeitabilidade pessoal, coisa, que em maior medida do que aqueles momentos do passado por querer estar bem com todos deixávamos de agir dessa maneira.


Toda essa ansiedade represada, diante daqueles sonos descompassados e povoado por pesadelos, eram as manifestações de doença e sofrimento, eram vindos como manifestações da dinâmica interna do corpo e da mente. Quando há uma ruptura com o fluxo do universo, o indivíduo começa a criar substâncias bioquímicas que vão gerando nossas doenças e o desamparo psíquico. Dessa forma, precisamos nos ajustar permanentemente em relação ao universo para mantermos o equilíbrio.


Para viver bem isso deve englobar a totalidade da vida, e, por conseguinte a integração da vida do ser humano com a vida do universo, as manifestações que todos os momentos lhe estão a cobrar e a exigir de sua pessoa. O corpo, a mente, e o espírito, devem estar em constante interação no relacionamento com outras pessoas e com o ambiente, produzindo respostas aos questionamentos dos momentos, sem represá-los ou impedir que ocorram.


Araxá-MG, 22/03/08, ás 02:00 horas.


Wil Costa e Silva

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