O escritor colombiano
GABRIEL GARCÍA MÁRQUEZ morreu
aos 87 anos, nesta quinta-feira (17),
na CIDADE
DO MÉXICO. Considerado um dos mais importantes escritores
do SÉCULO 20 e um dos mais
renomados autores latinos da história, GARCÍA MÁRQUEZ
ganhou sucesso internacional após a publicação do romance "CEM ANOS DE SOLIDÃO", em 1967.
Entre seus títulos
mais conhecidos estão ainda "A INCRÍVEL E TRISTE
HISTÓRIA DE CÂNDIDA ERÉNDIRA E SUA AVÓ DESALMADA",
"O
OUTONO DO PATRIARCA", "CRÔNICA DE UMA MORTE ANUNCIADA",
"O AMOR NOS TEMPOS DO CÓLERA", "DO AMOR E OUTROS
DEMÔNIOS" e "MEMÓRIAS
DE MINHAS PUTAS TRISTES".
Presidentes e
personalidades de todo o mundo usaram suas contas nas REDES SOCIAIS para lamentar a morte do escritor colombiano GABRIEL
GARCÍA MARQUEZ, na tarde desta quinta-feira, 17, no MÉXICO.
Em julho de 2012,
o mais novo de seus dez irmãos, JAIME GARCÍA
MÁRQUEZ, revelou que o autor, PRÊMIO
NOBEL DE LITERATURA EM 1982, sofria de demência senil “há alguns anos”
e que estava lutando contra a perda de memória. O escritor era casado com MERCEDES
BARCHA PARDO desde 1958.
Eles tiveram dois filhos: RODRIGO,
que nasceu em 1959,
e, GONZALO,
nascido em 1962.
ABAIXO,
VEJA OS CINCO LIVROS ESSENCIAIS PARA ENTENDER GABRIEL GARCÍA MÁRQUEZ:
1.
"CEM ANOS DE SOLIDÃO" (1967)
A obra-prima de GARCÍA
MÁRQUEZ vendeu, até hoje, mais de 50 milhões de exemplares.
É considerado, ao lado de “DOM QUIXOTE”,
de MIGUEL
DE CERVANTES, um dos livros mais importantes da
literatura em língua espanhola. Foi traduzido para 35
idiomas. Exemplo máximo do realismo
fantástico –
gênero característico do boom latino-americano da segunda metade do século XX
–, "CEM
ANOS DE SOLIDÃO" se passa na fictícia aldeia de MACONDO
e acompanha, ao longo de gerações, a saga da família BUENDÍA.
2.
"O AMOR NOS TEMPOS DO CÓLERA" (1985)
"Foi à época em que fui quase
completamente feliz. Gostaria que minha vida tivesse sido como naqueles anos em
que escrevi 'O amor nos tempos do cólera'",
afirmou GARCÍA MÁRQUEZ
ao “NEW
YORK TIMES” três anos após a publicação do
romance. Aqui, o autor resgata a verdadeira história da paixão de seu pai,
também GABRIEL, por LUIZA,
sua
mãe. O pai dela reprovava a relação e conspirava contra. No livro,
o casal se chama FLORENTINO
e FERMINA.
"Todas essas coisas para mim são parte da nostalgia. Nostalgia é
uma fonte incrível para inspiração literária, para inspiração poética”,
comentou na mesma entrevista ao “NEW YORK TIMES".
3.
"CRÔNICA DE UMA MORTE ANUNCIADA" (1981)
“No dia em que o matariam, SANTIAGO NASAR levantou-se às 5h30 da manhã para
esperar o navio em que chegava o bispo.” Na frase de abertura
da novela “CRÔNICA DE UMA MORTE ANUNCIADA”,
GARCÍA
MÁRQUEZ demonstra um estilo mais enxuto daquele que o
havia consagrado e dá mostra de seu lado jornalista,
sua
primeira profissão.
4.
"NOTÍCIA DE UM SEQUESTRO" (1996)
Para esse livro, GARCÍA
MÁRQUEZ colheu depoimentos de várias pessoas envolvidas
nos sequestros ocorridos na COLÔMBIA
na década 1990. Ele mistura
histórias reais com ficção para retratar, principalmente, a guerra do tráfico de drogas em seu país
natal. O livro traz reportagens
sobre o cotidiano dos cativeiros, as negociações entre traficantes, e a
repercussão na vida dos parentes das vítimas.
5.
"VIVER PARA CONTAR" (2002)
Sua autobiografia
narra o início de sua carreira como escritor e as origens do
realismo fantástico – gênero literário consagrado por GARCÍA
MÁRQUEZ. Em 2012,
JAIME
GARCÍA MÁRQUEZ, irmão de GABO
(como
era conhecido), que dirige a FUNDAÇÃO
NOVO JORNALISMO IBERO-AMERICANO (FNPI), lamentou que ele não tivesse
mais condições de escrever a segunda parte do livro.
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