USUÁRIOS ESTÃO FICANDO MAIS ATENTOS AOS DESVIOS DA REDE SOCIAL
Num excelente artigo da autoria
de por MIRIAM SANGER, o qual, foi divulgado
e publicado em 10/08/2013, no
site
da “REVISTA BRASIL”,
na EDIÇÃO
nº 86, AGOSTO/2013, discorreu ele acerca
de nosso comportamento diante das “REDES
SOCIAIS”, em particular em relação ao “FACEBOOK”.
Assim, de certa forma dissecando o conteúdo do que ela escreveu, vamos complementar
emitindo nossa opinião acerca do que foi escrito, por se tratar de “TEMA PRESENTE”,
e, de um texto de excelente qualidade.
Perto de seus dez anos, o FACEBOOK já não é
mero espaço de encontro, mas um fenomenal depósito de informações, uma potente
ferramenta de negócios e uma triste vitrine de felicidade ilusória.
NOSSAS ATITUDES E O FACEBOOK.
O FACEBOOK
agora esta numa fase mais mercantilista está cansando USUÁRIOS – e já há
quem esteja se afastando. Age severamente com um simples adicionamento de
amigos, implicando em sanção e suspensão temporária do "FACENAUTA", inclusive
ameaçando de exclui-lo. Agora com tanta gente adicionada ou registrada no
mesmo, fica fazendo o "CHARMINHO"
de que não precisa de ninguém.
Isso cansa e nos relega a um
plano de mero agente de consumo ou publicidade do mesmo. A alteração do PERFIL do FACEBOOK soa, para SÉRGIO BASBAUM, como o fim de
uma época mais “inocente” da ferramenta, assim afirma ele: “Quando entrei, em 2007, achei o FACEBOOK
interessante. A sensação que tinha ao navegar ali era a mesma de quando eu, no
passado, ia à praia no Rio de Janeiro. Encontrava uma amiga aqui, um grupo ali,
um amigo antigo que não via há tempos. Ainda existe essa dinâmica interessante.
O lado esquisito é que virou um espaço utilitário e perdeu, com isso, sua
ingenuidade inicial”, avalia ele, que é pesquisador do PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO
em TECNOLOGIAS DA
INTELIGÊNCIA E DESIGN DIGITAL (TIDD) na PUC-SP.
QUEM USA QUEM?
Difícil traçar um padrão para
todos os USUÁRIOS,
pois há de tudo um pouco: o “RECLAMÃO”,
que percebe a propagação que o FACEBOOK
tem; o “SOLITÁRIO”,
que posta madrugada adentro e lança bom-dia e boa-noite para o mundo inteiro; o
“VOYEUR”,
que não posta nada, mas acompanha tudo; o “IDEÓLOGO
DE PLANTÃO”; o “COMENTARISTA
ESPORTIVO”; o “ESPALHADOR
DE CONFETE”. Há de se considerar também a “TRIBO” dos que não estão no FACEBOOK, como a
diretora de teatro INÊS
SALDANHA, que há anos alimenta, segundo ela, uma preguiça imensa de
participar. “Acho que é invasivo e
chato. Por vezes é profundamente poderoso, por outras, leviano. Ainda prefiro
me relacionar com algo que seja tridimensional”, brinca.
Quanto ao padrão de uso, há
referências claras, que dividem os brasileiros em TRÊS GRANDES GRUPOS:
1º - O maior deles o
utiliza com postura de “ENTRETENIMENTO”
e “RELACIONAMENTO
PESSOAL”, e em geral dá muito ‘CURTIR’
em propagandas e marcas. Frequentam aplicativos, jogos e dissemina muitas
mensagens genéricas, de estilo de vida, saúde, religião.
2º - Já o segundo privilegia
a construção de um “GRUPO
DE CONTATOS” bem estudado, normalmente motivado por um interesse
específico, seja intelectual, seja profissional.
3º - Já o último
grupo costuma visitar “FAN
PAGES” de empresas, fazendo um uso mais “MERCADOLÓGICO” e “PUBLICITÁRIO”
da ferramenta, que por trás o incentiva a disseminar esse conteúdo para uma
rede de pessoas. Uma vez ali, as EMPRESAS
passam a ter acesso aos PERFIS
e, assim, a trabalhar conteúdos direcionados.
O ISOLAMENTO.
A ilustradora VALENTINA FRAIZ decidiu
“voltar
à vida analógica”. Usuária por anos, ela sempre foi questionadora do
nível de exposição ao qual as pessoas pensadamente se propõem: “Não entendo de onde vem esse prazer.
Parece que agora, o tempo todo, precisamos mostrar como estamos nos vestindo,
nossos sentimentos, nossos gostos, como se isso criasse uma identidade. Sempre
provoquei as pessoas: ‘Ei, galera, prestem atenção no que vocês estão
postando!’ E, quanto mais eu questionava, mais as pessoas me bloqueavam”.
O que não estava no script
era deparar com uma espécie de “CRISE
DE ABSTINÊNCIA”. Semanas depois de ter “MORRIDO” no FACEBOOK, ela abria o computador e
mecanicamente começava a digitar o endereço dele. A sensação de isolamento era
tanto que a mesma esclarece: “Minha
filha Laura,
que curtiu minha iniciativa, também saiu durante seis meses. Sofreu muito, pois
ficou em tal grau de isolamento em relação aos amigos que era impossível
suportar. E fui eu mesma que a aconselhei a voltar.”
LAURA
explica que tinha mudado para uma cidade nova, não tinha amigos, e estar fora
da rede atrapalhou: “Eu
ficava sabendo de uma festa só depois, e percebi que não estava sendo chamada
porque os convites eram publicados só no Face.
Uma hora percebi que teria de abrir uma conta nova. Voltei com uma
atitude nova, com mais cuidado para não expor minha vida como antes. Sou
discreta sem ser ausente.”
A
REALIDADE VIRTUAL/ECONOMICA.
Seja como for, é evidente que o FACEBOOK está a “dois
palitos” de se transformar na mais potente ferramenta de vendas do
globo, por meio da qual as EMPRESAS
conseguem fazer ofertas de uma forma
tão orientada quanto nunca foi possível antes – e isso graças ao
próprio USUÁRIO,
a quem chamamos de “FACENAUTA”,
que oferece tantas
informações pessoais em troca de... nada. Quanto tempo cada USUÁRIO gasta na INTERNET, quais
empresas visita, quantas vezes viaja a lazer e qual seu programa de TV favorito
são apenas migalhas do imenso arsenal de conhecimento concentrado ali.
Tanto é verdade que quando a
empresa que administra o “FACE”
abriu o seu capital, os seus “CEO’s”
(Diretores de
Empresa/palavra mais moderninha), esperavam eles que cada ação
equivalesse à época mais ou menos em torno de R$70,00 (setenta reais), e, a
coisa não foi bem assim. Mas, como dissemos a capacidade empresarial dessa nova
mídia de “REDE
SOCIAL” são muito grandes, as ações tiveram forte queda, chagando a
valer menos de R$20,00 (vinte reais), e, nos
dias de hoje, conforme o índice divulgado pelo “MERCADO
ACIONÁRIO”, a empresa esta recuperando vertiginosamente, e, suas ações
equivalem no inicio dessa semana cerca de R$45,00 (quarenta e cinco reais).
Assim, se não houver estouro de nenhuma “BOLHA”
(conforme
adoram se expressar os economistas pedantes), quem quiser adquirir ações
do mesmo será uma pedida.
Um estudo realizado em 2012, pela HI-MÍDIA, empresa
de mídia on-line, e a M.SENSE,
especialista
em pesquisa sobre o mercado digital, mostrou o que o FACEBOOK
representa a partir do ponto de vista mercadológico: foi considerado como mídia
de “ELEVADA
PENETRAÇÃO JUNTO AO PÚBLICO” devido à sua alta frequência de acesso:
- 75% dos entrevistados o
visitavam ao menos uma vez por dia;
- 72% discutiam em suas
páginas sobre produtos e estavam familiarizados com compras on-line; e,
- 12% já compraram diretamente
no Facebook, percentual considerado elevado.
“Eu já fiz compra pelo FACE, é
uma ferramenta importante e diária. Mas precisa saber usá-lo, filtrando os
conteúdos que chegam até você – percebo, pela página de alguns amigos, que nele
é possível desperdiçar tempo sem nenhum benefício. Depende de cada um definir
como quer usá-lo”, diz o assistente financeiro THIAGO ERÁCLITO.
CONSIDERAÇÕES FINAIS.
Impossível prever quão mais longe
o FACEBOOK
vai chegar. SÉRGIO
BASBAUM o vê como um “BOTECO
DA MODA”: na hora que aparecer
um mais descolado, todo mundo vai migrar. Mas esse outro ainda não
apareceu. Toda plataforma de relacionamento tem um ciclo de vida,
basta lembrar-se do nosso ORKUT,
ou, do MY SPACE.
Nesse momento, o FACEBOOK está
entrando em um patamar em que ou ele se reformula,
ou outras poderão tomar seu lugar. É um ciclo de amadurecimento
natural.
Na verdade, dentro de alguns
anos, o FACEBOOK será tão dono de “NOSSAS INFORMAÇÕES”
que teremos de pagar para poder mantê-las em “PRIVACIDADE”.
Tudo dito, nada concluído, talvez não dê mesmo para saber que rumo à coisa vai
tomar – mas há de se perder, e já, toda a inocência de quem vive nas ditas REDES SOCIAIS.
WILSON COSTA E SILVA
ADVOGADO – EDUCADOR – LIVRE PENSADOR
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